quinta-feira, 21 de maio de 2009

Três enfoques para diferenciação de sua empresa


Em mercados altamente competitivos há empresários que quase enlouquecem. E, não é raro encontrarmos alguns deles dispostos a tudo para não perder seus clientes. Por isso, ficam agressivos, maliciosos, enganam, mentem, prejudicam as pessoas, falsificam produtos, diminuem a qualidade, enfim, fazem tudo mesmo para não perder. Isto porque, para eles, o que mais importa no jogo empresarial é ganhar. Ganhar sem pudor, ganhar sem escrúpulos, ganhar sem a preocupação com os outros. Vida curta para eles. Se você não quer perder, então, busque diferenciais para seus produtos ou serviços, siga o exemplo de Kotler, o grande guru do marketing que ensina três enfoques básicos para diferenciação de sua empresa, são eles:

Enfoque na especialização – aqui você é o melhor, nenhum concorrente está à sua altura, seu produto é fenomenal ou você é o produtor exclusivo. Quando se tem qualidade superior, os preços são altos, mas o mercado consumidor desses produtos não reclama, pois compram glamour, status e satisfação. Nestes casos, podemos citar como exemplo, a Mercedez, a BMW, a Ferrari e outros nesta linha. Seus produtos são caros, mas são vistos circulando em todas as partes do mundo.

Enfoque na eficiência – neste caso traduzida pelos custos baixos. Uma empresa eficiente produz mais e gasta menos, isto porque organiza, planeja, controla e evita desperdícios. Desta forma, pode competir com custos mais baixos, controlando a concorrência pelo preço. Ai, temos as Casas Bahia, a maior empresa varejista do país e a Ricardo Eletro, que além de venderem com preços mais baixos que o mercado, ainda dividem em 12, 24 parcelas. E preço sempre será o diferencial nesse mercado.

Enfoque na excelência de cortesia – isto significa treinar seus empregados para receber seus clientes com maestria, delicadeza e perfeição no atendimento. Os clientes gostam de receber sorrisos de boas-vindas, na verdade, gostam de ficar à vontade para escolher o que querem e não serem pressionados pelos vendedores que querem lhes empurrar qualquer coisa goela abaixo. Pense por exemplo, na TAM, que faz questão desde a época do comandante Rolim de receber seus passageiros com um tapete vermelho na porta da aeronave. É bom sentir assim, não? Recebido com um tapete vermelho e o comandante na porta te dando as boas vindas. Espetacular!

Se, você não é o grande inventor, exclusivista em seu ramo de atividade ou ainda não possui capital suficiente para comprar lotes inteiros de geladeiras e televisores para concorrer com as Casas Bahia e a Ricardo Eletro, só lhe resta, então, ser o melhor no atendimento. E, a boa notícia para você que anda desanimado com tudo, é que ser excelente no atendimento não envolve custos altos. Prepare seu pessoal para atender seus clientes com educação, respeito e atenção. Dê a eles o melhor de sua empresa, a boa educação e um grande sorriso. Isso vai fazer a diferença e sua empresa será 100% Sucesso.

Natal Furucho

E o diferencial?


Existem fatores que diferenciam pessoas, serviços, produtos e empresas qualificando positivamente ou desqualificando negativamente, Isto depende apenas da maneira como as pessoas vêem o que lhes é oferecido. Na vida profissional, o diferencial que tanto importa não está em fazer apenas bem feito o que nos é mandado fazer, mas nas soluções que encontramos para os tantos problemas que existem. O normal nas empresa é a presença do profissional critico, capaz de enxergar todos os problemas e defeitos, no entanto, esses não servem para cargos superiores, pois de que adianta apontar problemas e não propor soluções?

Na vida empresarial a coisa não muda muito, há uma exigência crescente por mais rapidez, mais agilidade e mais presteza por parte daqueles que trocam dinheiro por produtos ou serviços. Ninguém suporta mais demoras no atendimento, “lentidão de sistemas”, velhas desculpas esfarrapadas que só servem para irritar ainda mais o cliente. Se você não for capaz de resolver imediatamente os problemas operacionais que te cerca, o fracasso lhe aguarda!

É claro que nem tudo se resolve com mágica, uma vez que existem determinados problemas que exigem esforço coletivo para serem resolvidos, mas não se pode ignorar que o tempo e os clientes não podem esperar. Portanto, invista tudo que puder imediatamente para corrigir os erros existentes, reforce seus profissionais, busque diferenciais competitivos que compensem as frustrações, dê regalos para seus clientes e tome cuidado com profissionais mal-humorados, eles podem acabar de vez com sua clientela. Não permita maus-tratos àqueles que contribuem para seu sucesso.

A boa notícia é que o cliente ao perceber seu esforço para resolver os problemas, acabam compreendendo e propondo ajuda valiosa através de suas opiniões, ouça-os, eles são os melhores consultores que existem. O diferencial não consiste apenas em valores agregados ao seu produto ou serviço, ele pode ser um excelente atendimento, um bom dia, um simples sorriso ou mesmo uma simples consulta ao seu cliente sobre como atender e satisfazer melhor suas necessidades.

Lembre-se, para ter 100% de sucesso você precisa apenas ter um olhar amplo para todos os fatores que o cercam e não se esqueça, nem tudo é o que parece!



Natal Furucho

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A incerteza do mercado


A incerteza do mercado

(Do meu colega e professor, Alexandre Guimarães, brilhante investidor do mercado financeiro)



Nos últimos dias o mercado foi surpreendido com a exposição em operações em derivativos cambiais “exóticas” da Aracruz, empresa de papel e celulose, e da Sadia, empresa de alimentos. Depois da surpreendente revelação destas exposições de alto risco, ficou a dúvida: existirão outros casos? O mercado de ações que já sofria, com a crise iniciada com o estouro da bolha hipotecária americana, respondeu negativamente, intensificando as desvalorizações das nossas empresas.
O alívio - Nesta semana os maiores bancos brasileiros anteciparam a divulgação dos balanços trimestrais. O Bradesco mostrou que não possui exposição alguma nesse tipo de operação. O Unibanco mostrou que possuía apenas R$ 1 bilhão de perdas com operações em derivativos e o Itaú divulgou que suas operações com derivativos chegam a R$ 2,4 bilhões de perdas. Antecipando as divulgações de seus balanços, os bancos trouxeram um grande alívio ao mercado financeiro brasileiro.
As oportunidades da Bovespa - A crise chegou ao fundo do poço? Ninguém tem a resposta. Porém, o que posso afirmar, é que, depois de assistirmos a uma desvalorização do Ibovespa de mais de 53%, tenho a clara concepção de que existem várias ações com preços bastante atrativos. A questão é: está na hora de irmos às compras? Para aqueles que gostam do mercado acionário, e têm um horizonte de investimento de longo prazo, com certeza, esta é a hora de começar a aproveitar as “liquidações”. Na cabeça do investidor fica uma grande questão: os preços das ações poderão cair mais? Respondo – realmente existe a possibilidade de mais desvalorização, mas vamos raciocinar. Depois de uma queda de mais de 50%, a possibilidade de mais queda diminuiu e a de alta aumentou. Então acho que vale a pena correr o risco.
Oportunidades na renda fixa - Com a crise financeira internacional, também surgiram algumas oportunidades de investimentos em renda fixa, em que o investidor poderá garantir juros reais bastante atrativos. A dica é aproveitar as altas taxas de remuneração oferecidas, e investir em Certificados de Depósito Bancário (CDB) prefixados com vencimentos de, no mínimo, dois anos, para garantir uma alíquota de 15% de imposto de renda e maximizar a rentabilidade do seu investimento. Vale lembrar que as taxas oferecidas no mercado vão depender do banco e do volume a ser aplicado. Para aqueles que dispõem de recursos para aplicações em prazos menores, sugiro aplicar em operações atreladas ao índice do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

DICAS
Com as grandes oscilações nos mercados financeiros, todo cuidado é pouco!
- tenha clareza sobre os seus objetivos e sobre o horizonte temporal de seus investimentos;
- controle suas emoções nos momentos de grande turbulência do mercado;
- se quiser trocar de aplicação, analise todos os detalhes, vantagens e desvantagens;
- não vá na onda dos outros, cada um tem um perfil de investimento próprio; e
- não ponha os ovos na mesma cesta, diversifique seus investimentos.
Bom investimento!

Alexandre Guimarães
Economista, sócio da AEG Investimentos e
presidente da Apimec-DF.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Pelo menos duas reportagens merecem certo destaque (da minha parte) veiculadas no noticiário nacional internacional dessa semana.A primeira diz respeito a declarações dos executivos do CITI BANK(sim aquele banco que levou um prejuízo de pelo menos $ 200 bilhões de dólares e acabaram com as minhas chances de até mesmo ser contratado aqui em Brasília) que afirmam que a recuperação da nossa Bolsa de Valores é a mais certa e terá um crescimento de até 60% no IBOVESPA, principal índice de nossa Bolsa.Esse reflete o crescimento e fortalecimento do mercado de capitais brasileiro(sem dúvida o melhor da América Latina!!!).E outro agravante: ele é a antecipação do estado da economia real,se esse segmento da economia vai bem,é sinal claro que as projeções para a economia real do nosso país sejam as mais postitvas possíveis.No mesmo documento, a instituição financeira diz eleger o mercado brasileiro de ações como a melhor escolha da América Latina. O Citigroup elevou a recomendação das ações brasileiras de "neutra" para "overweight" (acima da média).
Nessa semana ,eu mesmo fiquei impressinado com uma alta espantosa de até 5% em um mesmo pregão.Sempre falo que a recuperação do mercado financeiro é muito mais rápido do que a economia real.É hora de nós,os pequenos investidores,apostarmos nosso dinheirinho e monitorar passo a passo a rentabilidade de nossos papéis.

A segunda informação é também de fonte americana.Li na biblioteca da UPIS que, desde que aconteceu a reunião do G20, "o eixo de poder se desloca da América para a outra parte do mundo".O meu colega repórter se refere a pouca(?) influência que os EUA exercerão daqui pra frente sobre a Terra.O seu argumento ( eu discordo desse argumento)se baseia no enfranquecimento do mercado financeiro dos EUA e dos gastos enormes feitos pelo Tesouro Americano para "salvar" um sistma já quebrado.Reconheço que está certo em parte,nossos americanos tão cedo deixarão de exercer grande influência sobre a Terra.Os EUA já enfrentaram trinta e cinco ciclos econômicos e sempre sairam mais fortes .

Se alguém quiser recomendar ao meu colega a leitura do meu BLOG para que não cometa mais "furos", fique a vontade.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Sobre alterações na Poupança







A decisão do governo federal de mexer na remuneração da poupança não agrada os investidores no mercado financeiro,principalmente os especuladores.Quem acompanha o BLOG sabe que eu lembrei aqui nesse espaço a necessidade de corte ainda maiores das taxas de juros. . O descompasso começou quando o rendimento mensal da cardeneta de poupança passou a ter rendimentos maiores do que alguns fundos, como DI, certificados de depósito bancário e títulos de renda fixa que são remunerados conforme variação da taxa básica de juros, a SELIC.
Logo logo a oposição ao governo do PT veiculou uma propaganda dizendo que o presidente Lula iria fazer uma ação semelhante ao Fernando Collor, onde milhões de brasileiros ficaram sem nenhum centavo porque o governo simplesmente "pegou " o seu dinheirinho.De duas,uma:os principais clientes e usuários da poupança não são investidores,e sim trabalhadores simples que poupam parte de sua renda para o futuro, e a outra é que os investidores precisam continuar "faturando" com esse governo.
A decisão mais acertada é que se acentue ainda mais o corte de juros e crie um outro mecanismo de remuneração para os fundos e a poupança.Não pode haver uma fuga de investidores se desfazendo de suas posições com os fundos,esses tem papel importante na capitalização para às empresas.E a poupança é uma das principais fontes para crédito na construção civil e para o FGTS(Fundo de garantia por tempo de serviço).

domingo, 3 de maio de 2009

Sugestões

Duas sugestões de leituras para esse mês de maio:

"OS SEGREDOS DA BOLSA" Autor:Robert A. Haugen, da Editora Prentice Hall.

" MAL DA TERRA" Autor: Frederic Lenoir e Hubert Reeves, uma obra excelente sobre os efeitos do aquecimento global.

sábado, 2 de maio de 2009


UMA DOUTRINA REINVENTADA



Passei as duas semanas inteiras envolvido com trabalhos e provas na UPIS,por isso me ausentei do BLOG.Mas valeu a pena,conseguir notas excelentes nessas provas.
UMA DOUTRINA REINVENTADA


Passo para deixar uma nota do texto do Alon sobre a "Integração no Mercosul e os EUA".Excelente para quem se interessa por questões internacionais.

O governo brasileiro conquistou terreno nas últimas semanas na caminhada pela ampliação e consolidação do Mercosul. Em Caracas, o chanceler Celso Amorim e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, avançaram na convergência sobre assuntos pendentes. No Senado brasileiro, último passo que falta para aprovar a entrada da Venezuela no bloco, os números do comércio nacional com o vizinho bolivariano se sobrepõem pouco a pouco às objeções políticas e ideológicas.

O Parlasul —parlamento do Mercosul— caminha para existir graças a uma concessão brasileira: aceitamos estar sub-representados nele, para conforto principalmente do Uruguai e do Paraguai. Essa sub-representação é polêmica. Na prática, o eleitor brasileiro vai pesar menos do que o uruguaio e o paraguaio. Algo parecido com o que se dá na nossa Câmara dos Deputados. Críticos dizem que estamos estendendo para o Mercosul a herança maldita do Pacote de Abril de 1977. Então, o presidente Ernesto Geisel usou o AI-5 para aumentar artificialmente as bancadas dos pequenos estados, onde o desempenho eleitoral do governismo era melhor.

“A comparação não faz sentido”, contesta o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), um dos costuradores do acordo do Parlasul. “Se quisermos avançar na integração regional, precisaremos fazer concessões”, diz. “E nenhuma nação soberana aceitaria participar de um bloco no qual um único país, pelo tamanho de sua população, tivesse domínio político absoluto.” O senador argumenta que o Parlasul combinará aspectos de proporcionalidade e de equilíbrio, e lembra o papel histórico do Senado na manutenção da unidade nacional entre nós.

Polêmicas à parte, o fato é que a integração adquiriu especial importância para o Brasil com a eclosão da mega crise planetária da economia. Os líderes mundiais discursam contra o protecionismo, mas cada um deles procura manobrar para garantir ao seu próprio país a proteção de mercados.

O Brasil está nessa. Critica, naturalmente, os movimentos protecionistas nos Estados Unidos e na Europa, mas manobra para dar velocidade à formação do bloco regional, que a cada dia ganha mais peso estratégico para as exportações brasileiras. Aliás, essa é uma das principais queixas de nossos vizinhos, pois exportamos demais para eles e importamos deles de menos. Sem que haja solução simples à vista, dada a defasagem no grau de desenvolvimento entre as partes.

Eis um problema. Quando a Europa decidiu se constituir em bloco político-econômico, desenhou uma estratégia de maciços investimentos nas nações mais pobres, na época Portugal, Grécia e Espanha. Em termos práticos, alemães e franceses acabaram dividindo o ônus. E o Brasil, irá dividir o esforço com quem? Claro que com ninguém. É um debate que está por ser feito. Como encontrar o equilíbrio entre os reais investidos aqui, para gerar emprego e renda para os brasileiros, e os reais investidos lá fora, para assegurar mercados ao empresariado nacional.

A discussão está longe de ser apenas teórica. Com suas imensas reservas, a China adota há tempos uma política agressiva de expansão nas relações econômicas. O esforço chinês é mais visível na África, mas a América do Sul também ocupa lugar privilegiado na sua agenda. Dinheiro é que não falta para a China. Já nossas vantagens são a proximidade e a necessidade natural de convivência. Além, é claro, da torcida de Washington, que observa com atenção e satisfação nossos movimentos destinados a limitar a influência chinesa na área.

“A América para os americanos.” Assim passou à História a doutrina lançada no século retrasado pelo então presidente dos Estados Unidos James Monroe. A Doutrina Monroe foi criada para explicitar a oposição dos Estados Unidos à influência europeia nas Américas. Não deixa de ser curioso que, agora, com a ampliação e consolidação do Mercosul, a doutrina esteja sendo reinventada nas condições concretas do século 21. E pelas mãos de governos que, na teoria, têm um pé, ou os dois, no antiamericanismo. São as ironias da História.

Coluna (Nas entrelinhas) publicada hoje no Correio Braziliense.