terça-feira, 30 de setembro de 2008

O Caso do Brasil na Farra de Wall Street

Apesar de não estar imune à crise financeira internacional, o Brasil está melhor preparado para enfrentar as turbulências econômicas do que há alguns anos. Essa é a avaliação das agências de risco Standard & Poor´s e Fitch, que integram a lista das três principais instituições do gênero no mundo e este ano elevaram o rating do país para grau de investimento.

"O Brasil está muito mais forte o robusto para lidar com as crises", afirmou a diretora Senior da Fitch Ratings, Shelly Shetty.

"A América Latina está mais bem posicionada para suportar uma recessão nos Estados Unidos e uma desaceleração mundial. Nós estamos confortáveis com o nível de ratings que demos para o Brasil", afirmou o diretor de Ratings Soberanos da Standard & Poor´s, Sabástian Briozzo.

De acordo com os dois analistas, o perfil da dívida pública e o fortalecimento da estrutura da política econômica foram fundamentais para transferir o Brasil do nível de capital especulativo para investimento. O desafio agora, segundo eles, é realizar as reformas necessárias e melhor a distribuição de renda.

Exportações
Para Briozzo, o baixo índice de dependência da economia brasileira na exportação, em comparação com outros países emergentes, se mostra positivo neste momento em que a crise internacional diminuiu o comércio mundial.

"O Brasil não é tão dependente do mercado internacional", explicou o diretor da Standard & Poor´s. Ele disse que esse argumento não seria válido há dois meses, mas agora é positivo que o Brasil tenha um mercado doméstico que suporte a atividade econômica interna.

Segundo Shetty, o Brasil "teve sorte" de não ter concentrado suas exportações para os países desenvolvidos, como nos Estados Unidos, e também exportar para a China, por exemplo, que continuará com forte crescimento.

Nessa semana todos os artigos serão cedidos pelo Vicente Nunes da Editoria de Economia do Correio Braziliense.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Bovespa despenca

A Bolsa de Valores de São Paulo despenca mais de 9% numa queda somente comparável ao pregão do episódio histórico de 11 de setembro de 2001. O dólar comercial dispara mais de 7% e atinge R$ 1,98. O mercado sofre a incerteza generalizada sobre a eficácia do pacote de US$ 700 bilhões para enfrentar a crise dos créditos "subprimes". O Congresso americano iniciou nesta tarde a votação do plano proposto pela Casa Branca e reformado pelos legisladores.

O Ibovespa, principal índice de ações, desvaloriza 10,16% e desce para os 45.622 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,46 bilhões.

O dólar comercial é cotado a R$ 1,955 na venda, com forte avanço de 5,61%. A taxa de risco-país marca 329 pontos, número 15% mais alto que a pontuação de ontem.

Na Europa, algumas das principais Bolsas perderam mais de 5% no fechamento, a exemplo de Londres (declínio de 5,30%), Paris (baixa de 5,04%). Em Frankfurt, as ações recuaram 4,23%. Nos EUA, a Bolsa de Nova York, de repercussão mundial, retrocede 4,15%.

O mercado se ressente hoje das incertezas com a aprovação do pacote de US$ 700 bilhões nos EUA, que pode ser aprovado somente na quarta-feira. Analistas também reclamam que a divisão dos recursos em parcelas, sob supervisão do Congresso americano, tira poderes e rapidez de ação do Tesouro dos EUA num "momento crítico" para o sistema financeiro.

Em novo pronunciamento hoje, o presidente George W. Bush disse que a aprovação do plano de US$ 700 bilhões no Congresso dos EUA será difícil, mas vai ocorrer. Na Europa, o noticiário econômico formam já começou a surpreender analistas e investidores. O banco alemão Hypo Real Estate somente escapou da falência graças a um crédito de 35 bilhões de euros, garantido essencialmente pelo Estado alemão.

O britânico Bradford & Bingley (B&B), também é um dos gigantes europeus do setor de hipotecas, também teve que ter salvo pelo governo local. E nos EUA, o banco Citigroup, um dos maiores grupos financeiros do mundo e um dos mais atingidos pela crise das hipotecas, informou que irá adquirir as operações bancárias do rival Wachovia - quarto maior banco dos EUA -, com a assistência da FDIC (Corporação Federal de Seguro de Depósito, na sigla em inglês), órgão do governo que garante operações do setor bancário americano.


Fonte :Folha News e Correio Braziliense.

Plano de Resgate é rejeitado nos EUA

A situação da economia americana a cada dia se complica.Dessa vez protagonizada pelo Capitólio (Congresso Nacional dos EUA).Os parlamentares republicanos e democratas simplesmente não se entendem e não aprovam o plano de resgate financeiro estimado em $700 bilhões de dólares.

A seguir reproduzo o texto do meu amigo Vicente Nunes ,repórter especial de economia do Correio Braziliense.

"A Câmara de Deputados americana rejeitou nesta segunda-feira (29/09) o plano de resgate financeiro dos bancos proposto pelo secretário do Tesouro de George W. Bush, Henry Paulson, o que levou Wall Street e as bolsas mundiais a despencarem.

O plano, aprovado depois de vários dias de negociações entre os legisladores do Congresso e a administracão Bush, foi rejeitado por 228 votos contra e 205 a favor, a maioria da bancada republicana.

A votação se manteve aberta durante certa tempo por parte dos líderes democratas e republicanos, numa tentativa de incentivar uma mudança de posição dos congressistas que votavam contra o projeto, diante do olhar atônito de muitos legisladores.

Ainda não está claro quais serão os próximos passos para tentar resolver a crise, mas é certo que um novo projeto deve ser apresentado para que haja uma segunda votação.

A situação pode ficar mais complicada por causa do Ano Novo judaico, comemorado nesta segunda-feira, pois muitos legisladores devem deixar o plenário em função do feriado. Alguns parlamentares comentaram que uma nova votação talvez aconteça a partir da próxima quinta-feira, ou talvez apenas na próxima semana.

A bolsa de Nova York, que já caía mais de 500 pontos antes da divulgação do resultado da votação, reagiu imediatamente com uma forte baixa. O índice Dow Jones perdia 6,16% e o Nasdaq 7,86% minutos depois do anúncio.

Bolsas
Na América Latina, a queda das bolsas também foi espetacular: a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o maior mercado da região, suspendeu suas operações quando seu principal indicador, o Bovespa, perdia mais de 10%.

Os equipamentos eletrônicos da bolsa estão programados para parar automaticamente quando o índice oscilar acima dos 10% e, em conseqüência, as operações são suspensas por meia hora para que os investidores revejam suas compras e vendas. Também despencaram os pregões do México (quase 6%) e Santiago do Chile (quase 5%).

Apelo
Mais cedo, o presidente George W. Bush pediu ao Congresso dos Estados Unidos que votasse rapidamente o plano de resgate bancário de US$ 700 bilhões.

Em um breve discurso na Casa Branca, o presidente explicou, no entanto, que o resgate bilionário não solucionará todos os problemas financeiros americanos, que podem continuar "por algum tempo".

Depois de uma semana de negociações, os líderes parlamentares e o governo de George W. Bush fecharam um acordo sobre os termos do plano.

O plano proposto pelo secretário Paulson prevê a liberação de US$ 700 bilhões para a aquisição dos créditos podres dos bancos, duramente afetados pela crise dos empréstimos imobiliários de alto risco.

Esta intervenção do Estado no combalido setor privado, sem precedentes na história dos Estados Unidos, pretendia adquirir os ativos duvidosos ou "podres" dos bancos afetados pela crise imobiliária.

Próximos passos
Bush divulgou, logo em seguida, estar muito decepcionado com a derrota do plano de resgate financeiro, e pediu a seus assessores que avaliem os próximos passos a serem dados, informou a Casa Branca.

Já o candidato democrata à presidência, Barack Obama, expressou sua confiança de que o plano de ainda pode receber o aval do Congresso americano e pediu para que os mercados fiquem calmos.

Obama afirmou ter conversado por telefone com o secretário do Tesouro e a presidente da câmara, a democrata Nancy Pelosi, assim como outros parlamentares.

"Eles ainda estão tentando trabalhar no pacote de resgate", garantiu Obama. "Estou confiante que vamos chegar lá, mas vai ser um pouco difícil. É importante que os mercados fiquem calmos".

"Poder Federal"
"O que aconteceu hoje (segunda-feira) não pode se manter, precisamos avançar, disse Pelosi, por sua vez. "Nosso trabalho não terá terminado até que isso aconteça".

Depois de um acalorado debate na Casa, alguns republicanos e democratas se uniram para expressar sua oposição ao plano de Paulson.

"O que estamos fazendo é simplesmente coroar o rei Henry", afirmou o republicano John Culberson, do Texas, aludindo a Henry Paulson.

"É uma ampliação sem precedentes do poder federal, inaceitável, que não podemos permitir, que nossos filhos não podem permitir, e que jamais vimos na história de nosso país. Devemos nos dar um tempo para refletir", afirmou, indignado."

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O Resgate do Paulson

Eu quase não acreditei quando fui ler a matéria do meu amigo, Vicente Nunes,nessa tarde .Ele fez questão de citar um pedaço da frase dita pelo Presidente Lula na 63º Assembléia das Nações Unidas em Nova York,disse o Presidente : " não é correto privatizar os lucros dos especuladores nem tampouco,invariavelmente, socializar as suas perdas" (grifo meu ).
É bem verdade que o ônus da irresponsabilidade dos masters do sistema financeiro americano recaia sobre quem de fato não tem nenhuma "culpa no cartório".Na segunda feira , eu falava justamente com meu amigo Rafael nos corredores da Faculdade sobre quem levaria os prejuízos da derrocada generalizada da economia mundial.Não é preciso fazer uma profunda pesquisa nas crises do passado para responder essa indagação . É claro que será os contribuintes , a massa salarial periférica ( como prefere o Marcos Aurélio ) vai ter que arcar , ou melhor já está pagando essa conta altíssima .Um exemplo clássico é o suposto "resgate" desenhando pelo Secretário do Tesouro dos EUA , Henry Paulson para salvar o já falido mercado financeiro.

Medidas Paliativas
Nessa arena todos os investidores estão inseguros quanto à eficácia desse plano de resgate emergencial proposto por um governo que sairá de cena em dois meses.A cifra inicial da qual fala Paulson é de apenas $ 700 bilhões de dólares (mais barato que a guerra do Iraque ).Como acreditar que essa medida será no mínimo necessária sendo que os prejuízos já contabilizados estão na casa dos $ 3,5 trilhões de dólares ?
O mais racional possível a considerar nesse momento é a adoção de regras transparentes para equacionar os sistemas financeiros.O próprio Presidente Lula cobrou "as indispensáveis ações do Estado".
O Presidente Bush se ver em uma corda bamba.Desde as trapalhadas no Afeganistão e no Iraque que ele não acerta uma.Com os índices de popularidade baixíssimo e com um déficit na balança comercial enorme originada das tolas guerras contra o terrorismo ,a única coisa que tem que dá certo é a aprovação desse pacote para amenizar a situação dos mercados , já que ele perde o emprego em janeiro próximo.

Será o naufrágio do Capitalismo ?

De forma alguma.Claro que sei que esse sistema é tão frágil, existem épocas da história que ele foi comparado a um " barril de pólvora" que quando detonado não se salvaria ninguém.Mas as alternativas para segurar o Capitalismo se concentra nas economias emergentes que se destacam com grande intensidade como é o caso da China que desfruta de maravilhoso cenário de crescimento econõmico sem precedentes , o Brasil que desponta como porto seguro para atrair investimentos capaz de alavancar o desenvolvimento interno e de grande parte da América Latina.O mercado europeu concentra a maior cota de participação na produção de riquezas , sendo de maior importância para a reerguida do Capitalismo.
A economia norte americana tão cedo sairá de cena no que diz respeito a produção de riquezas para a humanidade .Eles respondem 25% do PIB mundial com apenas 300 milhões de habitantes, já União Européia é capaz de participar com 22% (ou 13,6 trilhões de dólares)no PIB mundial ,mas é pouco para uma população de 752 milhões de habitantes.

Posso perceber que essa crise fará com que uma nova geografia econômica e política se configurem e os EUA terão que dividir o poder com algumas nações que ascendem no cenário internacional.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A ONU e sua missão

Os principais líderes mundiais parecem que não estão preocupados com a escalada das guerras em várias partes do mundo.Isso é negligência irracional, visto que conhecemos vários países que estão atolados na pobreza por terem suas instalações industriais destruídas por bombardeios, o caso mais recente encontramos no Líbano.

Qual deve ser a Missão da ONU ?

Essa pergunta nem o secretário geral da instituição saberia nos responder.Ban Ki moon vive em fogo cruzado, entre pensar em acudir os milhares de civis que estão à mercê da fome e das doenças e jamais interferir nas ordens do Presidente Bush , aliás , ele não quer perder o emprego.
A tarefa que lhe foi atribuída logo no final da segunda guerra mundial está longe de ser tornar realidade na sua essência .O princípio proposto quando da criação da ONU está baseado na defesa da vida de qualquer indivíduo.Não é o que se ver , pois nem mesmo nos atuais dias onde existem centenas de focos de tensão , é impossível que os voluntários da OUN alcancem pelo menos a metade dos cidadãos que precisam dos seus cuidados.
A ineficácia em relação aos direitos humanos que permeia as ações da OUN é culpa exclusiva das nações do safado grupo chamado de G 7 , essa gente quando se vê ameaçada não respeita as resoluções do Conselho de Segurança e muito menos o Alto Comissariado dos Direitos Humanos e dos Refugiados.Bombardeia , invade , matar , tortura os presos em Guantánamo tudo para "deter o terrorismo "
Os países em desenvolvimento devem lutar diurtunamente para o que se faça pressão para uma reforma no Conselho de Seguarança , que só abriga as sete potêncais com direito a assento permanente .Esses países não são os únicos a moldarem a história da Humanidade ,por isso é necessário maior empenho dos diplomatas dos países em desenvolvimento para ampliar a participação de todos no que diz respeito as questões delicadas que ceifam milhares de inocentes.

Fazendo isso , a ONU começará a desempenhar seu papel fundamental .