sábado, 24 de janeiro de 2009

DISCURSO DE POSSE DE OBAMA

Meus concidadãos: estou aqui na frente de vocês me sentindo humilde pela tarefa que está diante de nós, grato pela confiança que depositaram em mim e ciente dos sacrifícios suportados por nossos ancestrais. Agradeço ao presidente Bush por seu serviço à nação, assim como também pela generosidade e cooperação que ele demonstrou durante esta transição.

Quarenta e quatro americanos já fizeram o juramento presidencial. As palavras já foram pronunciadas durante marés crescentes de prosperidade e nas águas tranqüilas da paz. Ainda assim, com muita freqüência o juramento é pronunciado em meio a nuvens que se aproximam e tempestades ferozes. Nesses momentos, a América seguiu em frente não apenas devido à habilidade e visão daqueles em posição de poder, mas porque Nós, o Povo, continuamos fiéis aos ideais de nossos fundadores e aos documentos de nossa fundação.

Tem sido assim. E assim deve ser com esta geração de americanos.

Que estamos no meio de uma crise agora já se sabe muito bem. Nossa nação está em guerra contra uma extensa rede de ódio e violência. Nossa economia está muito enfraquecida, uma conseqüência da ganância e irresponsabilidade por parte de alguns, mas também de nossa falha coletiva em fazer escolhas difíceis e em preparar a nação para uma nova era. Lares foram perdidos; empregos cortados; empresas fechadas. Nosso sistema de saúde é caro demais; nossas escolas falham demais; e cada dia traz mais provas de que a maneira como utilizamos energia fortalece nossos adversários e ameaça nosso planeta.

Esses são os indicadores da crise, sujeitos a dados e estatísticas. Menos mensurável, mas não menos profunda é a erosão da confiança em todo nosso país – um medo persistente de que o declínio da América seja inevitável e de que a próxima geração tenha que baixar suas expectativas.

Hoje, eu digo a você que os desafios que enfrentamos são reais. Eles são sérios e são muitos. Eles não serão encarados com facilidade ou num curto período de tempo. Mas saiba disso, América – eles serão encarados.

Neste dia, nos reunimos porque escolhemos a esperança no lugar do medo, a unidade de propósito em vez do conflito e da discórdia.



Neste dia, nós viemos proclamar um fim aos conflitos mesquinhos e falsas promessas, às recriminações e dogmas desgastados que por muito tempo estrangularam nossa política.

Ainda somos uma nação jovem, mas, nas palavras da Escritura, chegou a época de deixar de lado essas coisas infantis. Chegou a hora de reafirmar nosso espírito de resistência para escolher nossa melhor história; para levar adiante o dom preciso, a nobre idéia passada de geração em geração: a promessa divina de que todos são iguais, todos livres e todos merecem buscar o máximo de felicidade.



Ao reafirmar a grandeza de nossa nação, compreendemos que a grandeza nunca é dada. Ela deve ser conquistada. Nossa jornada nunca foi feita por meio de atalhos ou nos contentando com menos. Não foi um caminho para os de coração fraco – para aqueles que preferem o lazer ao trabalho, ou que buscam apenas os prazeres da riqueza e da fama. Em vez disso, foram aqueles que se arriscam, que fazem, que criam coisas – alguns celebrados mas com muito mais freqüência homens e mulheres obscuros em seu trabalho, que nos levaram ao longo do tortuoso caminho em direção à prosperidade e à liberdade.



Foi por nós que eles empacotaram suas poucas posses materiais e viajaram pelos oceanos em busca de uma nova vida.

Foi por nós que eles trabalharam nas fábricas precárias e colonizaram o Oeste; suportaram chicotadas e araram terra dura.

Foi por nós que eles lutaram e morreram em lugares como Concord e Gettysburg; Normandia e Khe Sahn.

Muitas e muitas vezes esses homens e mulheres se esforçaram e se sacrificaram e trabalharam até que suas mãos ficassem arrebentadas para que nós pudéssemos viver uma vida melhor. Eles viram a América como sendo algo maior do que a soma de nossas ambições individuais; maior do que todas as diferenças de nascimento ou riqueza ou facção.



Esta é uma jornada que continuamos hoje. Nós ainda somos a mais próspera e poderosa nação da Terra. Nossos trabalhadores não são menos produtivos do que quando esta crise começou. Nossas mentes não são menos inventivas, nossos produtos e serviços não são menos necessários do que eram na semana passada ou no mês passado ou no ano passado. Nossa capacidade permanece inalterada. Mas nossa época de proteger patentes, de proteger interesses limitados e de adiar decisões desagradáveis – essa época com certeza já passou. A partir de hoje, temos de nos levantar, sacudir a poeira e começar de novo o trabalho para refazer a América.



Porque, em todo lugar que olhamos, há trabalho a ser feito. O estado da economia pede ação ousada e rápida, e nós iremos agir – não apenas para criar novos empregos, mas para estabelecer uma nova fundação para o crescimento. Iremos construir as estradas e as pontes, as linhas elétricas e digitais que alimentam nosso comércio e nos unem. Iremos restaurar a ciência a seu lugar de direito e utilizaremos as maravilhas tecnológicas para melhorar a qualidade da saúde e diminuir seus custos. Nós iremos utilizar a energia do sol e dos ventos e do solo para impulsionar nossos carros e fábricas. E iremos transformar nossas escolas e faculdades para que eles estejam à altura dos requisitos da nova era. Nós podemos fazer tudo isso. E nós faremos tudo isso.



Agora, existem algumas pessoas que questionam a escala de nossas ambições – que sugerem que nosso sistema não pode tolerar muitos planos grandiosos. A memória dessas pessoas é curta. Porque eles esquecem do que este país já fez; do que homens e mulheres livres pode conquistar quando a imaginação se une por um propósito comum e a necessidade se junta à coragem.



O que os cínicos não compreendem é que o contexto mudou totalmente – que os argumentos políticos arcaicos que nos consumiram por tanto tempo já não se aplicam. A questão que lançamos hoje não é se nosso governo é grande ou pequeno demais, mas se ele funciona – se ele ajuda famílias a encontrar trabalho por um salário justo, seguro-saúde que possam pagar, uma aposentadoria digna. Se a resposta for sim, iremos adiante. Se for não, programas acabarão. E aqueles dentre nós que gerenciam o dólar público serão cobrados – para que gastem de forma inteligente, consertem maus hábitos e façam seus negócios à luz do dia – porque só então conseguirmos restabelecer a confiança vital entre as pessoas e seu governo.



Nem a questão diante de nós é se o mercado é uma força positiva ou negativa. Seu poder para gerar riqueza e expandir a liberdade não tem paralelo, mas esta crise nos lembrou de que, sem um olho vigilante, o mercado pode perder o controle – e a nação não pode mais prosperar quando favorece apenas os prósperos. O sucesso de nossa economia sempre dependeu não apenas do tamanho de nosso Produto Interno Bruto, mas do alcance de nossa prosperidade; em nossa habilidade de estender a oportunidade a todos os corações que estiverem dispostos – não por caridade, mas porque esta é a rota mais certa para o bem comum.



Quanto à nossa defesa comum, nós rejeitamos como falsa a escolha entre nossa segurança e nossos ideais. Os Fundadores de Nossa Nação, que encararam perigos que mal podemos imaginar, esboçaram um documento para assegurar o governo pela lei e os direitos dos homens, expandidos pelo sangue das gerações. Esses ideais ainda iluminam o mundo, e nós não desistiremos deles por conveniência. Assim, para todos os outros povos e governos que estão assistindo hoje, da maior das capitais à pequena vila onde meu pai nasceu: saibam que a América é amiga de cada nação e de todo homem, mulher e criança que procura um futuro de paz e dignidade, e que estamos prontos para liderar mais uma vez.



Lembrem-se de que gerações que nos antecederam enfrentaram o fascismo e o comunismo, não apenas com mísseis e tanques, mas com alianças robustas e convicções duradouras. Eles compreendiam que o poder sozinho não pode nos proteger e nem nos dá o direito de fazer o que quisermos. Em vez disso, eles sabiam que nosso poder cresce pro meio de sua utilização prudente; nossa segurança emana da justiça de nossa causa, da força do nosso exemplo, das qualidades temperantes da humildade e do auto-controle.



Somos os guardiões desse legado. Mais uma vez, guiados por esses princípios, podemos encarar essas novas ameaças, que exigem esforços ainda maiores – ainda mais cooperação e compreensão entre nações. Nós começaremos a deixar o Iraque para seu povo de forma responsável, e forjaremos uma paz conquistada arduamente no Afeganistão. Com velhos amigos e ex-inimigos, trabalharemos incansavelmente para diminuir a ameaça nuclear e afastar a ameaça de um planeta cada vez mais quente. Nós não iremos nos desculpar por nosso estilo de vida, nem iremos vacilar em sua defesa, e para aqueles que buscam aperfeiçoar sua pontaria induzindo terror e matando inocentes, dizemos a vocês agora que nosso espírito não pode ser quebrado; vocês não podem durar mais do que nós, e nós iremos derrotá-los.



Porque nós sabemos que nossa herança multirracial é uma força, não uma fraqueza. Somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus – e de pessoas que não possuem crenças. Nós somos moldados por todas as línguas e culturas, trazidas de todos os confins da terra; e porque já experimentamos o gosto amargo da Guerra Civil e da segregação e emergimos desse capítulo sombrio mais fortes e mais unidos, não podemos evitar de acreditar que os velhos ódios um dia irão passar; que as linhas que dividem tribos em breve irão se dissolver; que, conforme o mundo fica menor, nossa humanidade em comum irá se revelar; e que a América deve desempenhar seu papel nos conduzir a essa nova era de paz.


Para o mundo muçulmano, nós buscamos uma nova forma de evoluir, baseada em interesses e respeito mútuos. Àqueles líderes ao redor do mundo que buscam semear o conflito ou culpar o Ocidente pelos males da sociedade – saibam que seus povos irão julgá-los pelo que podem construir, não pelo que podem destruir. Àqueles que se agarram ao poder pela corrupção, pela falsidade, silenciando os que discordam deles, saibam que vocês estão no lado errado da história; mas nós estenderemos uma mão se estiverem dispostos a abrir seus punhos.

Às pessoas das nações pobres, nós juramos trabalhar a seu lado para fazer com que suas fazendas floresçam e para deixar que fluam águas limpas; para nutrir corpos esfomeados e alimentar mentes famintas. E, para aqueles cujas nações, como a nossa, desfrutam de relativa abundância, dizemos que não podemos mais tolerar a indiferença ao sofrimento fora de nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do mundo sem nos importar com o efeito disso. Porque o mundo mudou, e nós temos de mudar com ele.

Enquanto pensamos a respeito da estrada que agora se estende diante de nós, nos lembramos com humilde gratidão dos bravos americanos que, neste exato momento, patrulham desertos longínquos e montanhas distantes. Eles têm algo a nos contar hoje, do mesmo modo que os heróis que tombaram em Arlington sussurram através dos tempos. Nós os honramos não apenas porque são os guardiões de nossa liberdade, mas porque eles personificam o espírito de servir a outros; uma disposição para encontrar um significado em algo maior do que eles mesmos. E ainda assim, neste momento – um momento que irá definir nossa geração – é exatamente esse espírito que deve estar presente em todos nós.

Por mais que um governo possa e deva fazer, é em última análise na fé e na determinação do povo americano que esta nação confia. É a bondade de acolher um estranho quando as represas arrebentam, o desprendimento de trabalhadores que preferem diminuir suas horas de trabalho a ver um amigo perder o emprego que nos assistem em nossas horas mais sombrias. É a coragem de um bombeiro para invadir uma escadaria cheia de fumaça, mas também a disposição de um pai para criar uma criança que finalmente decidem nosso destino.

Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com os quais as enfrentamos podem ser novos. Mas os valores dos quais nosso sucesso depende – trabalho árduo e honestidade, coragem e fair play, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo –, essas cosias são antigas. Essas coisas são verdadeiras. Elas foram a força silenciosa do progresso ao longo de nossa história. O que é exigido então é um retorno a essas verdades. O que é pedido a nós agora é uma nova era de responsabilidade – um reconhecimento por parte de todo americano, de que temos deveres para com nós mesmos, nossa nação e o mundo, deveres que não aceitamos rancorosamente, mas que, pelo contrário, abraçamos com alegria, firmes na certeza de que não há nada tão satisfatório para o espírito e que defina tanto nosso caráter do que dar tudo de nós mesmos numa tarefa difícil.

Esse é o preço e a promessa da cidadania.

Essa é a fonte de nossa confiança – o conhecimento de que Deus nos convoca para dar forma a um destino incerto.

Esse é o significado de nossa liberdade e nosso credo – o motivo pelo qual homens e mulheres e crianças de todas as raças e todas as fés podem se unir em celebração por todo este magnífico local, e também o porquê de um homem cujo pai a menos de 60 anos talvez não fosse servido num restaurante local agora poder estar diante de vocês para fazer o mais sagrado juramento.

Por isso, marquemos este dia relembrando quem somos e o quanto já viajamos. No ano do nascimento da América, no mês mais frio, um pequeno grupo de patriotas se reuniu em torno de fogueiras quase apagadas nas margens de um rio gélido. A capital foi abandonada. O inimigo avançava. A neve estava manchada de sangue. No momento em que o resultado de nossa revolução estava mais incerto, o pai de nossa nação ordenou que estas palavras fossem lidas ao povo: “Que seja contado ao mundo futuro... Que no auge de um inverno, quando nada além de esperança e virtude poderiam sobreviver... Que a cidade e o país, alarmados com um perigo em comum, se mobilizaram para enfrentá-lo.


América. Diante de nossos perigos em comum, neste inverno de nossa dificuldades, deixe-me lembrá-los dessas palavras imortais. Com esperança e virtude, vamos enfrentar mais uma vez as correntes gélidas e suportar as tempestades que vierem. Que os filhos de nosso filhos digam que, quando fomos colocados à prova, nós nos recusamos a deixar esta jornada terminar, que nós não demos as costas e nem hesitamos; e com os olhos fixos no horizonte e com a graça de Deus sobre nós, levamos a diante o grande dom da liberdade e o entregamos com segurança às gerações futuras.”

terça-feira, 20 de janeiro de 2009


Mensagem de Esperança


As perspectivas para o ano de 2009 não são nada otimistas do ponto de vista econômico.Eu tenho lido e ouvido os diversos analistas falarem a mesma coisa em relação ao futuro dos mercados financeiros em todo mundo.E isso é prejudicial pra nossa saúde, provoca o desespero e o pânico em milhares de pessoas.Assustar as pessoas com essas notícias não é ético por parte da imprensa.Ninguém mostra quais os caminhos que devemos seguir pra enfrentar as dificuldades dos dias vindouros.

Hoje é uma terça feira histórica nos EUA, não só por lá, mas em todas as partes do mundo.As coisas estão todas confusas e foram do controle, mas temos esperança de dias melhores pra todos nós.Eu sinto isso nas palavras do presidente Obama.Nossa capacidade de ver dias melhores deve contagiar as pessoas com quem vivemos, essa é a virtude das pessoas mais bem sucedidas que habitam nessa terra.Enquanto todas as tendências indicam um futuro cada vez mais incerto e tenebroso, nós que somos visionários devemos convencer os nossos ouvintes e leitores que acontecerá o contrário quando as medidas necessárias forem tomadas.As ações que devemos ter em tempos crises devem nos conduzir a uma visão otimista,clara e objetiva pra o nosso próprio futuro.

O governo do presidente Obama não será igual ao do presidente Bush,por isso tem essa esperança de dias melhores.Obama tem uma visão saudável e ampla para os EUA, sua missão principal agora será reconstruir o país,reorganizar o sistema financeiro mais rico da terra, voltar a fazer crescer a economia, gerando novos empregos e mais riqueza para os americanos.Tenho ainda como objetivo despertar o sentimento de solidariedade e voluntariado por todo país.Essa visão de um líder é marcante, excepcional e conduzirá o país a um patamar de liderança e destaque internacional.Nesse sentido, todos nós podemos ganhar uma fatia desse bolo.

Caro leitor,tenha a capacidade de enxergar um futuro mais equilibrado pra você mesmo.Nem pense que teremos mais quatro anos de guerra no Iraque ou no Afeganistão, e uma invasão militar no Irã.Procure e veja as palavras do presidente Obama em relação às guerras e os possíveis conflitos que até hoje permeiam nossa mente.A mensagem de Obama é de caráter nacional e tem como objetivo apaziguar os confrontos e as diferenças.Precisamos de voltar a acreditar que é possível ser muito feliz nessa terra,e nenhum líder fará isso sozinho, é necessário que cada um de nós carregue e divulgue a mensagem de esperança.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Excelente Artigo, sobre como investir de forma racional*


Trend Following e as Perdas


È da natureza humana querer tudo o mais rápido possível. As pessoas que entram na bolsa tem a idéia de riqueza instantânea, raros são os que entendem que qualquer estratégia visa ganhos lineares acima de alguma média, que normalmente é uma operação sem risco a que sem tem acesso.

O mais interessante disso é que estas mesmas pessoas que entram na bolsa e acabam adotando estratégias Buy and Hold, acabam perdendo devido aos momentos de queda como o que estamos vendo em 2008 e acabam virando “investidores” de longo prazo, já que suas ações não valem nem perto do valor que eles pagaram, então só resta segurar e esperar a volta. Este tipo de abordagem é comum, muitos estão nesta situação, segurando ações que compraram com idéias de ganhos dadas por supostos analistas mas que hoje estão perdendo 50 / 60%.

No Trend Following usamos sempre um gerenciamento de risco associado a um gerenciamento de capital. Sempre temos Stops, nossas operações estão sempre associadas a limites máximos de perdas iniciais. Tendências são extremamente difíceis de achar antes delas ficarem evidentes. Olhar um gráfico e ver uma tendência é fácil, pegar aquela tendência é extremamente difícil e requer paciência, tanto que os Trend Followers são a minoria no mercado e vão continuar sendo. Poucos conseguem seguir as regras de sistemas Trend Followers de maneira disciplinada.

Devido a esta necessidade de se adotar os stops, nós estamos sempre sujeitos a perdas momentâneas, podemos ficar operando 1 ano inteiro e ter perdas ao longo de todo o período, muitos acham isso ruim, Imagine você aplicar dinheiro em uma estratégia que vem ganhando 50% AA nos últimos 10 anos e no primeiro mês você já perde 10%, no segundo mais 10%, você se assusta e muitos acham que é um absurdo e acabam tirando o dinheiro daquela estratégia. Isso mostra porque os Trend Followers são tão poucos no mundo. Paciência é a maior virtude de um Trend Follower. O índice de acerto médio de estratégias seguidoras de tendência não passa de 40%, de cada 10 trades que abrimos acertamos em media 4, e mesmo assim obtemos retornos inimagináveis nos mercados de alta e de baixa.

Não existe estratégia que só ganha, por mais que muitos digam que ganham sempre, e que acertam 80% das vezes usando analise gráfica ou sei lá o que, isso é mentira, assim como tem gente que acredita que dar dinheiro para uma igreja vai nos tornar uma pessoa melhor, algumas pessoas acham que podem entrar no mercado e ganhar muito dinheiro rápidamente.

Boas estratégias possuem perdas naturais (drawdown), estas perdas fazem o sistema ser viável e consistente. O drawdown médio dos grandes Trend Followers do mundo é de 35%, ou seja, você pode colocar 10mil hoje e ter 6500 amanha. Se você acha isso muito, você não esta pronto para ter os retornos almejados e adquiridos pro estratégias Trend Followers. Ser um Trend Follower é para poucos, aplicar dinheiro como Trend Followers também. Muitos aplicam dinheiro em fundos ou em estratégias que não entendem. Acho imprescindível entender bem o que está sendo feito com o seu dinheiro, como é o processo da estratégia. Assim como os fundos fundamentalistas devem dizer que eles só compram, sempre vão ficar comprados e que se o mercado cair e eles puderem, vão comprar mais, até o dinheiro acabar e se os clientes pedirem resgates maiores que a disponibilidade do fundo eles vão vender as ações e com isso vão gerar um “efeito manada” de venda como as que estamos vendo ao longo desta crise. Os Trend Followers devem alertar que as perdas existem e provavelmente ela acontecerão.

Muitos querem motivos para estas eventuais perdas, os fundamentalistas sempre tem alguma desculpa, ou é o mercado irracional, às vezes sãos movimentos que não condizem com a realidade (como não condiz com a realidade, se é a realidade que de fato esta caindo rsss) ou que a empresa está passando por dificuldades e eles estão reavaliando os seus objetivos? Nós, Trend Followers só temos uma razão para as perdas, o sistema errou mais que acertou neste período gerando perdas momentâneas. A estratégia segue com a mesma visão, não reavaliamos nada, os mercados seguem tendo tendências, então nossos ganhos vão vir, quando e aonde eu não sei, mas eles vão vir como sempre vieram.

Muitos têm dificuldades de lidar com este tipo de simplicidade, imagina uma pessoa na Bloomberg dizendo: Eu comprei café futuro na BMF devido ao meu sistema ter indicado uma tendência de alta. Mas cadê o motivo ? E os fundamentos? E os estoques? E as safras? Nada disso importa para o Trend Following.

O ser humano tem a tendência natural de querer dar complexidade as coisas simples e acabam deixando complicado o que não é.

Nós sabemos lidar com perdas, seja ela grande, pequena ou médias, longas ou curtas. As perdas fazem parte da nossa vida, um período muito longo sem elas nos deixam desconfortáveis.
Quem não estiver com esta idéia bem instalada na cabeça não está pronto para encarar os mercados de maneira sistemática com os conceitos Trend Followers. Estes são os clientes dos Buy and Holders !

Daniel de Carvalho*
Trader Senior DMCinvest

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009


Sobre o Oriente Médio




É crítica a situação na estreita Faixa de Gaza.Um confronto que já deixou mais de 600 mortos- a maior parte civis - se alastrou e tudo parece não ter fim.
Os confrontos entre árabes e israelenses se tornaram tão cruéis e intensos desde setembro de ano 2000, quando o líder palestino Yasser Arafat organizou um levante a paus e pedras contra os israelenses, a chamada Intifada .A reivindicação dos dois lados é a mesma: a questão da terra.Por um lado,Israel se legitima como o dono intocável daquele território.Alega se Jerusalém sua capital desde os primórdios do patriarca Abrão( que mais tarde passou a ser chamar Abraão).E na outra ponta, temos os palestinos- mas pra falar a verdade, são todos árabes- que dizem ser os verdadeiros e de fato os donos do território que Israel ocupa hoje.Na realidade, Israel ocupa uma extensa área que ultrapassa todos os limites geográficos que conhecemos.Se eu estiver errado, as Colinas de Golan são terras do território egípcio que estão sob o controle do exército de Israel,que foram anexadas no período em que aconteceu a guerra entre os dois países em * 1964 .
Quando ouvir as palavras do embaixador israelense no Brasil, na época, Daniel Gazit, “ o direito de existir pertence a Israel” disse ele .Esse argumento em defesa da autenticidade e legitimidade do povo israelense é reconhecido por organismos supranacionais como a ONU.
Claro que se historicamente Israel tem o direito de ocupar toda aquela terra, é mais do que justo destinar uma parte também para os palestinos,até porque estão despatriados e sem qualquer proteção dos organismos internacionais.O conflito é usado como peça política e religiosa por grupos anti – semitas que jamais irão se conformar com a existência de Israel.Quem acompanha o caso desde a criação de Israel em 1948, sabe que as nações árabes lutam pela destruição de Israel.Para elas, aquele território é e pertence ao projeto árabe, uma alusão de expansão da doutrina muçulmana por toda África e Ásia.

O conflito ganha contornos internacionais quando os EUA lideram uma campanha de combate ao terrorismo e acusam ( de forma acertada) o grupo Hamas e o Hezbolhar de serem os mentores de atentados contra alvos no Ocidente e em Israel.Por isso que o apoio norte-americano causa conflitos, que na maioria dos casos são iniciados por atentados contra Israel.

Não é de hoje que os acordos de paz entre os dois povos são rejeitados.Desde Arafat que se tentam semear a paz e nada acontece.Do lado israelense, Ariel Sharon começou uma política de extermínio do povo palestino( lembre –se do confinamento de Arafat na igreja de Belém – que mais tarde culminou com sua morte) que tem causado a morte de centenas de civis.Não existe diplomacia naquele lugar ou ela já fracassou a muito tempo.